Banda Titãs recorre ao apelo punk do disco 'Cabeça dinossauro' em turnê que festejará os 40 anos do álbum em 2026
Branco Mello (à esquerda), Tony Bellotto e Sérgio Britto estreiam em março, em São Paulo, a turnê comemorativa dos 40 anos do álbum 'Cabeça dinossauro' P...
Branco Mello (à esquerda), Tony Bellotto e Sérgio Britto estreiam em março, em São Paulo, a turnê comemorativa dos 40 anos do álbum 'Cabeça dinossauro' Pedro Dimitrow / Divulgação ♫ ANÁLISE ♬ Em um mercado de shows cada vez mais refratário a novidades e aos riscos, efemérides de álbuns e bandas são frequentemente usados como iscas para fisgar um público também propenso a curtir a nostalgia da modernidade. É nessa onda que o grupo Titãs surfa pela segunda vez. Dois anos após estourar bilheterias em 2023 com a turnê que reuniu a formação clássica dos Titãs, a banda – ou o que restou daquela formação da fase áurea – recorre mais uma vez à força atemporal do álbum Cabeça dinossauro para se manter em cena. Sim, a partir de março, Branco Mello, Sérgio Britto e Tony Bellotto transitam por capitais do Brasil com show inédito em que celebram os 40 anos do disco punk de 1986 que deu musculatura e identidade ao som então disperso dos Titãs. “Cabeça dinossauro marcou a nossa carreira e a história do rock nacional. Inventamos ali o nosso vocabulário – riffs fortes, vocais gritados, letras sintéticas e precisas. Isso, somado à temática das canções, deixou marca profunda na nossa trajetória”, contextualiza Sérgio Britto, com razão. A rigor, a banda sempre incluiu no roteiro dos shows a maioria das músicas do repertório de Cabeça dinossauro, até porque quase todo o repertório fez sucesso. Ou seja, o teor de novidade da turnê Titãs – Cabeça dinossauro 40 anos é quase nulo. Sem falar que, quando a banda completou 30 anos em 2012, o grupo saiu em turnê pelo Brasil om show dedicado ao icônico álbum de 1986, com a vantagem de, na época, ainda contar com Paulo Miklos. Ou seja, a ideia nem é nova. Seja como for, por ora, há somente quatro shows marcados em casas de São Paulo (26 de março), Belo Horizonte (25 de abril), Rio de Janeiro (9 de maio) e Curitiba (18 de julho). O show será orquestrado sob a batuta de Otávio Juliano, diretor da turnê Encontro – Todos ao mesmo tempo agora. Só que nem todos estarão em cena, desta vez. Resta saber se, como trio, o grupo Titãs terá força para segurar a onda dessa turnê moldada para grandes espaços.